Revendo Roma, Cidade Aberta, termino o filme com uma imagem positiva dos nazistas e dos fascistas. Foram os únicos que tiveram a coragem de por um fim na gritaria de Ana Magnani. Quem faz calar Ana Magnani não pode ser de todo mau sujeito.
Toda vez que um filme tem a atriz no elenco, eu abaixo o volume um pouco, pois sei que pelo menos uns três gritos ela vai soltar, além de choros compulsivos, ataques histéricos, rodadas à baiana e quiçá até pomba-gira desce nela.
Em Roma, Cidade Aberta, o rançoso filme de Roberto Rosselini (nunca entendi porque levam em consideção essa missa proselitista), enquanto os homens eram levados presos, as mulheres e crianças viam em silêncio, pois nada havia a fazer frente às armas dos nazistas - exceto Ana Magnani que, em vez de conspirar como os outros, dana a gritar pelo macho dela: "Francesco! Francesco! Francesco!". Até que alguém lhe dá um tiro e, que alívio!, estamos livres da chata.
Mas há ainda uma hora e tanto de filme pela frente, sendo que a personagem principal é um padre, ajudado por um batalhão de crianças órfãs. Acabam traídos por um megera que,
desconfio, era homem - ou, no mínimo, um travesti brasileiro. Reparem só! Já havia traveco brazuca lá nessa época?
3 comentários:
Mas quanta maldade, rancor e tudo mais nesse coraçãozinho...
Belíssima do Rossellini TEM de ser visto pra ontem, caso vc ainda não tenha visto. É a Magnani enchendo saco da filha pra ela virar uma estrela mirim.
(E é mais uma obra-prima do Rossa, pq eu tenho afinal q pegar no pé, ehehe)
E eu ainda escrevo um post sobre qualéquié a verdadeira importância dessa galera toda do neo-realismo pro cinema moderno.
Mas Belíssima é do Visconti, não do Rossellini.
Tem no site e tudo.
http://www.cineplayers.com/filme.php?id=1538
Puta merda, é verdade, q fora!
Bom, acontece né, ehehe.
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