Agora começou oficialmente o festival do Rio e a correria de filme em filme. Este ano me propus a manter a média de três por dia - mas as alterações de última hora da programação já me deixaram devendo um ontem a noite...
Na sexta, a programação foi de uma dobradinha nacional no Odeon:
180º, de Eduardo Vaisman
O filme é interessante. Tem um roteiro bem arquitetado, uma montagem inventiva e boas atuações do trio de atores. Mas peca constantemente por não acreditar na inteligência do espectador - o que é fundamental em uma narrativa que envolve mistérios e suspense. Assim, faz questão de mostrar e explicar mais do que o necessário. Também de pontuar os momentos de virada na trama com uma trilha sonora óbvia. Ainda assim, o final consegue segurar as pontas da história.
Nota: 6
Luz nas trevas, de Helena Ignez e Ícaro C. Martins.
O filme é uma homenagem ao Bandido da luz vermelha - e, nesse sentido, funciona bem. Ficamos com o gostinho de saudades daquele cinema ousado do Sganzerla. Mas como um filme sozinho, Luz nas trevas não sobre muito bem. De certa forma, é como se sua linguagem tenha ficado obsoleta e não de conta da narrativa que tenta contar.
Nota: 7
E a noite terminou com o sensacional:
Essential Killing, de Jerzy Skolimowski
Atuação impressionante de Vincent Gallo. É um desses filmes viscerais, que você sente frio, calor, fome, medo com o personagem. Com certeza, meu primeiro destaque na programação.
Nota: 9
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