O Festival do Rio enfim começou, e a sessão se abertura foi o novo filme do Arnaldo Jabor, A Suprema Felicidade.
14- A Suprema Felicidade (2010, Brasil)
Arnaldo Jabor parece preso nos anos 70 e 80, quando fazia filmes como Eu sei que vou te amar, Eu te Amo, O Casamento, Toda Nudez será castigada. Depois de quase 20 anos sem dirigir nada, ele enfim volta com este A Suprema Felicidade, que sinto dizer, é bastante irregular. O filme mostra 3 diferentes épocas do protagonista, a infância, adolescência e juventude, e como ele se relaciona com família, amigos, amores. O problema é que o filme não tem nenhuma coesão. Os pais, interpretados por Mariana Lima e Dan Stulbach, aparentemente estão numa peça de teatro e esqueceram que era para ser um filme. Se serve de concolo, a direção de arte da casa em que eles vivem, e principalmente os diálogos, só nos fazem sentir mais ainda a teatralidade. Me irritou profundamente os "diálogos" onde personagens, com olhos marejados, olham para a distância e começam a recitar o roteiro como se fosse um monólogo, para em seguida lembrar que deveria estar falando com outra pessoa. Ainda assim, o filme tem um grande trunfo, que é Marco Nanini. Enquanto ele está em cena, quase perdoamos os outros defeitos. Jayme Matarazzo foi uma boa surpresa, ele está bem o suficiente pra nos manter interessados no filme, mesmo quando não achamos nenhuma função para personagens secundários. Meia hora a menos e uma enxugada do roteiro fariam maravilhas por esse filme.
Nota: 5.0
15- Federal (2010, Brasil)
Já esse filme nacional não tem desculpa nenhuma. De longe, o pior do Festival, quiçá do ano. Não existe nenhuma desculpa para esse filme ter sido feito, para que o elenco, que conta com Michael Madson (Cães de Aluguel, Kill Bill) e Selton Mello, tenha aceitado entrar numa furada sem tamanho como essa. O roteiro é ridículo, as atuações são canhestras, a iluminação é primária, e principalmente, a direção é amadora. Não sei quem disse pra Erik de Castro que ele tinha o que era preciso pra fazer um filme de ação policial, mas essa pessoa mentiu. Não tem um plano que valha a pena, e assistir esse filme me deu vergonha alheia por todos os envolvidos. Não é a toa que o filme foi rodado em 2006 e só agora está passando em um Festival do Rio, e nunca entrando em cartaz. Se tem algum filme que merece ficar na lata e nunca sair, é esse. Ou façam um drinking game, uma dose de tequila a cada vez que o diretor fizer um plano deselegante, todo mundo bebe. Eu detestei o filme nesse nível, a querer que voltem a vender bebida alcólica nas salas de cinema.
Nota: 0.0
16- Casa de Ferreiro Espeto de Pau (108 Cuchillo de Palo, 2010, Espanha)
Documentário sobre o tio da diretora Renate Costa, Rodolfo, que supostamente morreu "de tristeza" quando ela era pequena. Ao pesquisar a vida dele, Renate descobriu que o tio era homossexual e fora preso durante a ditadura paraguaia. É interessante ver como ela vai redescobrindo o tio, e como sua imagem era apagada pela família preconceituosa. Tão interessante quanto ver como Rodolfo vai se desvendando, é a relação de Renate com seu pai homofóbico, e em como ele acredita piamente que fez a coisa certa ao não aceitar o seu irmão. Também é chocante acompanhar os detalhes da tortura da ditadura, que não apenas prendia os homossexuais como criavam uma lista com o nome de todos eles e pregavam nas paredes de Igrejas, bancos, mercados, para que eles passassem por uma humilhação pública e moral além das físicas impostas na cadeia. Um bom documentário.
Nota: 7.5
14- A Suprema Felicidade (2010, Brasil)
Arnaldo Jabor parece preso nos anos 70 e 80, quando fazia filmes como Eu sei que vou te amar, Eu te Amo, O Casamento, Toda Nudez será castigada. Depois de quase 20 anos sem dirigir nada, ele enfim volta com este A Suprema Felicidade, que sinto dizer, é bastante irregular. O filme mostra 3 diferentes épocas do protagonista, a infância, adolescência e juventude, e como ele se relaciona com família, amigos, amores. O problema é que o filme não tem nenhuma coesão. Os pais, interpretados por Mariana Lima e Dan Stulbach, aparentemente estão numa peça de teatro e esqueceram que era para ser um filme. Se serve de concolo, a direção de arte da casa em que eles vivem, e principalmente os diálogos, só nos fazem sentir mais ainda a teatralidade. Me irritou profundamente os "diálogos" onde personagens, com olhos marejados, olham para a distância e começam a recitar o roteiro como se fosse um monólogo, para em seguida lembrar que deveria estar falando com outra pessoa. Ainda assim, o filme tem um grande trunfo, que é Marco Nanini. Enquanto ele está em cena, quase perdoamos os outros defeitos. Jayme Matarazzo foi uma boa surpresa, ele está bem o suficiente pra nos manter interessados no filme, mesmo quando não achamos nenhuma função para personagens secundários. Meia hora a menos e uma enxugada do roteiro fariam maravilhas por esse filme.
Nota: 5.0
15- Federal (2010, Brasil)
Já esse filme nacional não tem desculpa nenhuma. De longe, o pior do Festival, quiçá do ano. Não existe nenhuma desculpa para esse filme ter sido feito, para que o elenco, que conta com Michael Madson (Cães de Aluguel, Kill Bill) e Selton Mello, tenha aceitado entrar numa furada sem tamanho como essa. O roteiro é ridículo, as atuações são canhestras, a iluminação é primária, e principalmente, a direção é amadora. Não sei quem disse pra Erik de Castro que ele tinha o que era preciso pra fazer um filme de ação policial, mas essa pessoa mentiu. Não tem um plano que valha a pena, e assistir esse filme me deu vergonha alheia por todos os envolvidos. Não é a toa que o filme foi rodado em 2006 e só agora está passando em um Festival do Rio, e nunca entrando em cartaz. Se tem algum filme que merece ficar na lata e nunca sair, é esse. Ou façam um drinking game, uma dose de tequila a cada vez que o diretor fizer um plano deselegante, todo mundo bebe. Eu detestei o filme nesse nível, a querer que voltem a vender bebida alcólica nas salas de cinema.
Nota: 0.0
16- Casa de Ferreiro Espeto de Pau (108 Cuchillo de Palo, 2010, Espanha)
Documentário sobre o tio da diretora Renate Costa, Rodolfo, que supostamente morreu "de tristeza" quando ela era pequena. Ao pesquisar a vida dele, Renate descobriu que o tio era homossexual e fora preso durante a ditadura paraguaia. É interessante ver como ela vai redescobrindo o tio, e como sua imagem era apagada pela família preconceituosa. Tão interessante quanto ver como Rodolfo vai se desvendando, é a relação de Renate com seu pai homofóbico, e em como ele acredita piamente que fez a coisa certa ao não aceitar o seu irmão. Também é chocante acompanhar os detalhes da tortura da ditadura, que não apenas prendia os homossexuais como criavam uma lista com o nome de todos eles e pregavam nas paredes de Igrejas, bancos, mercados, para que eles passassem por uma humilhação pública e moral além das físicas impostas na cadeia. Um bom documentário.
Nota: 7.5
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