terça-feira, 30 de setembro de 2008

Enquete

Quem é o arroz-de-festa do Festival do Rio 2008:

a) Malu Mader
b) Maria Flor
c) Selton Mello
d) Alessandra Negrini
e) Todas as alternativas anteriores

Hora de dormir?

Olá pessoal, deixei esse blog um pouco desatualizado nos últimos dias pq realmente está faltando tempo. Fiquei alguns dias sem dormir (sim, sem dormir) e hoje acabei na cama o dia inteiro. Só agora à noite fui assistir a um dos filmes da Première Brasil, que por acaso é uma tristeza.

Aliás, que ano fraquíssimo. Nenhum filme realmente impressionou. O que gerou mais buxixo eu acabei não assistindo. É um western sul-coreano que, dizem, é engraçadíssimo. Se chama O Feio, O Sujo e o Bizarro. Se continuarem a falar dele como estão falando, vai acontecer o mesmo fenônemo que aconteceu com o O Hospedeiro, tb sul-coreano: ganhar distribuição nacional.

Enquanto isso, a gente torce que os filmes que ainda vêm sejam melhores. Pq já bateu um desânimo danado. 

Ah, ontem foi a coletiva do Última Parada 174 (eu finalmente assisti ao filme tb, antes da entrevista). Estranhei bastante a atitude defensiva do Bruno Barreto em relação a comparações com outros filmes de mesma temática. Também o achei deselegante em certo momento. Enfim, como eu tb não gostei do filme, que se &%#@$.

Fui.

**** Obrigado Érika pela correção!

domingo, 28 de setembro de 2008

Tá difícil

A programação do festival desse ano está cheia de pegadinhas. Alguns filmes passam, vão embora e a gente nem percebe. Hoje, por exemplo, não conseguimos ver o filme da Madonna porque a sessão lotou e os jornalistas, barrados. 

Eis que neste domingo acontece algo parecido. Um Conto de Natal vai passar no meio da tarde e, então, darei adeus a Rinha, um dos filmes da Premiere Brasil que eu mais aguardava. Como fui ver Sinédoque, perdi o brazuca, e depois de hoje não tem mais. Ô inferno.

É muito decepcionante perder filmes que estavam naquela sagrada listinha do "must see". E olha que estamos apenas no terceiro dia de festival.

Meninos, eu vi...

... e não gostei. O único filme que eu consegui assistir hoje (vocês viram o porquê, né?) foi Sinédoque, Nova Iorque. Sucintamente, Charlie Kaufman deveria ter continuado por trás das câmeras, porque o filme é de uma falta de controle criativo incrível. Ok, a gente já sabe que o cara é gênio, mas tem que botar rédeas no maluco senão ele explode o universo (é, eu sei que o Miike já fez isso...).

É uma lástima que Sinédoque (que nomezinho!) desande, porque é honesto e bem humano, mas vira um tour-de-force pro espectador que se depara com um filme cada vez mais pesado, amargo, difícil. Ao final, ninguém com quem eu tenha falado tinha gostado do filme. Era visível a cara de decepção do povo que LOTOU completamente o Palácio como eu nunca tinha visto antes.

Agora, uma constatação: há muito tempo que eu não via uma seleção de filmes tão pesada. É um filme-de-cortar-o-pulso atrás do outro. Sinceramente, espero que Mike Leigh e o seu Happy-Go-Lucky modifique isso, porque haja comprimido pra dor de cabeça.

Até mais.

sábado, 27 de setembro de 2008

Ah, não deixe de visitar

Agora a gente tem tb um álbum de fotos do Festival:


Visitem, comentem, etc.

Convite

Estamos indo assistir Sinédoque, Nova Iorque. Vamos?

1o. dia (pq haja criatividade pra titular esses posts!)

A chuva caiu forte e estragou a tarde de ontem para quem é feito de papel, como eu. Chuva, tô fora. Melhor ficar em casa do que sair, pegar um resfriado e ter que encerrar o festival mais cedo. Foi até bom pq dei uma adiantada em algumas coisas e bati um papo com uma colega húngara da imprensa estrangeira que está pelo Brasil e que vai cobrir o festival tb para uma revista européia - chique, não? O papo, que contou com a nossa ilustríssima Geo, rolou sobre Delta (já leram a crítica?), incesto, Oriente Médio, Goethe, Mephisto, Szabó e afins.

Terminada a sessão São Pedro, saímos para ir buscar as credenciais no centro da cidade. O pavilhão desse ano está incrível (ih, esqueci de tirar fotos, quando eu voltar lá na segunda prometo que tiro e mostro pra vcs), pena que é contra-mão e tenha uma decoração de gosto duvidoso.

Quanto aos filmes, daqueles cinco programados acabei vendo somente dois. Queime Depois de Ler, o novo dos Coen, é divertido, mas não sei se acrescenta algo à filmografia dos caras. É um filme de personagens - e os de JK Simmons e John Malkovich são os melhores. Já o Clooney achei bem apagadão e meio deslocado, enquanto Brad Pitt, afetadíssimo, rouba algumas cenas. E Tilda Swinton e Frances McDormand estão incríveis tb. Enfim, vale por todos. Como filme, tenho minhas reservas. A Geo vai escrever sobre ele.

Eu vou escrever sobre o segundo, o doc brazuca Pan-Cinema Permanente, uma homenagem do diretor Carlos Nader a seu falecido amigo, o poeta Waly Salomão. Agradou, e não só a mim, como a toda a platéia, que reagiu várias vezes. Pena que o Odeon estava meio vazio.

Sobre os famosos que a gente esbarrou, teve Giulia Gam, Malu Mader, Toni Belotto (escreve assim?) e o casseta Hubert.

(Momento constrangedor do dia: estava eu fotografando o Afro Reggae antes da sessão de Pan-cinema Permanente quando um sujeito me cumprimentou ao longe. Não fazia idéia de quem era, mas mesmo assim retribui o cumprimento. Logo após descobri que era o diretor do filme Pan-Cinema Permanente! ¬¬ ).

Bom, fico por aqui porque hoje é dia de surpresas no site. É dia tb de Sinédoque, Nova Iorque e A Fronteira da Alvorada.  -- Feios e Sujos, filme da Madonna, foi impossível de conciliar e não vai dar pra ver mais... só quando sair no Brasil agora.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Agora começou de verdade

Pessoas, hoje começou o Festival de Rio pra valer. Com a exibição de gala de Última Parada 174, o pontapé está dado. Eu até ia dar uma passada lá, mas como as credenciais ainda não foram entregues, fiquei com medo de não conseguir entrar. Aproveitei pra dar uma adiantada (????) nas coisas por aqui - se perceberem, já postamos as cinco primeiras críticas.

Por falar em trabalho, são cinco horas da manhã nesse momento. E ainda não fui dormir. Vou aproveitar que agora dei um stop definitivo, vou fazer a minha programação de amanhã. Já retorno...

...

Estação Vivo Gávea.... humm... não! Gávea é longe.

...

Estação Botafogo... ok ok! Tem Eu Sou porque nós Somos... humm.. não! O Denunciante, também não... O Visitante, já vi. Ahhh, tem Raquela... putz! A sessão é quase meia-noite. Vou pensar. No outro Botafogo tem Confidencial, Om Shanti Om e As Águas de Katrina. NO WAY! No Espaço de Cinema têm filmes ou que já assisti ou que não interessam. Vamos pra outro bairro.

...

Cinelândia. Pertinho de casa. Vamos ver. As sessões começam tarde. Sentidos a flor da pele, não. Queime Depois de Ler. Quero! Mas... vai ser um problema pra entrar. Vai botar gente pelo bueiro. Pan-cinema Permanente. É sessão de gala, com Afro Reggae batucando e tudo. Pronto, esse tá marcado (ihhh, acabei de lembrar que tenho que postar essa notícia...)

Então marca aí comigo: 22:30 Pan-cinema Permanente (a Raquela dançou)

Continuando na Cinelândia, Palácio (vocês devem ter lido por aqui mesmo que vai fechar, então tenho que ir muito pra me despedir). Opa, tem Última Parada 174. Vou marcar. A Guerra dos Rocha aparece logo depois. Pode ser um tapa buraco.

Agenda atualizada:
17:30 - Última Parada 174
20:15 - A Guerra dos Rocha (talvez)
22:30 - Pan-cinema Permanente (e o Afro Reggae)

Continuando no Palácio, agora na outra sala. Maior, mais forte, mais rápido... não mesmo. Ih, tem Living End. Vou ter que perder. Quem sabe outro dia...

Ainda na Cinelândia, vamos ver agora o CCJF. Dois docs sobre a questão do Oriente Médio. Vou marcar. Eu sempre começo mesmo oficialmente meu festival com docs. É sempre assim.

Atualizando:
14:00 - Dupla Exposição (o sono tá batendo, ia escrever Dupla Aquisição hahaha)
15:15 - Depois da Queda de Bagdá
17:30 - Última Parada 174
20:15 - A Guerra dos Rocha (isso tá aqui ainda?)
22:30 - Pan-cinema Permanente

Ai, acabou de dar vontade de ir tentar ver o filme dos Coen. Que horas é mesmo? Peraí... 20h15! Ahhhhhhh, vale a pena tentar!

14:00 - Dupla Exposição
15:15 - Depois da Queda de Bagdá
17:30 - Última Parada 174
20:15 - Queime Depois de Ler
22:30 - Pan-cinema Permanente

Continuando: Leblon, longe. Barra... hahahaha... uma viagem. Copacabana, preguiça.

É, já tenho minha programação pra amanhã. Ihhhhh, lembrei que tenho que ir no cais do porto pegar a credencial. Melhor eu ir dormir. Tchau.


Ok, eu não esqueci da notícia que tenho que postar. Blé pra você.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Ontem

É, como a Geo disse no post dela, A Mulher sem Cabeça foi realmente o melhor filme dessa fase pré-festival. Eu estava receoso com a má recepção do filme em Cannes, mas a mulher sabe o que faz.

Quanto ao filme do Lisandro Alonso, chato chato chato. Mas tem gente dizendo que é a última cocada do universo. Ok, então tá. 

Eu não vi o Última Parada 174, estava com febre, mas vi o Inútil, do Jia Zhang Ke. Eu achei que o Jia foi meio covarde no filme, fugindo daquilo que seria o essencial dentro do tema que ele se propõe a falar. Mas vou ficar por aqui pq vou escrever mais a respeito na análise.

Até a volta, com muitas surpresas! :)

A fase pré-festival terminou!

Então amigos, a fase pré-festival chegou ao fim ontem, com as últimas e melhores cabines até aqui.

Logo pela manhã aconteceu a sessão para jornalistas de Última Parada 174, o tal filme nacional escolhido como representante brasileiro no Oscar e sobre o qual pouco se sabia. Roteirizado por Bráulio Mantovani, o filme cria um entorno fictício para a vida de Sandro, cujo desfecho foi assistido ao vivo em rede nacional. Utilizando os chamados não-atores, o filme ganha credibilidade pelas atuações, pelo roteiro bem costurado e pela fotografia de Antoine Heberlé. E como disse anteriormente, é um filme do qual se sai com os sapatos pesados, e isso não é uma metáfora simples: depois de sair da sala, levei uns 20 minutos pra atravessar andando um único quarteirão. E mais não direi, já que a crítica está sendo preparada com todo carinho e estará no ar em breve.

Para não dizer que não reclamamos de nada, tivemos também a sessão de Liverpool, do - como diz o Andy - novo queridinho latino, Lisandro Alonso. Com planos longuíssimos e uma história que praticamente nos é explicada em apenas dois momentos, a fotografia acaba sendo o mais interessante. No final, Alonso ri da nossa cara, mas sinceramente, eu ri de mim e dele, e isso foi o mais bacana do filme todo.

E fechando o dia, A Mulher sem Cabeça da argentina Lucrecia Martel foi até agora meu filme predileto, de um psicologismo intenso e intricando, e demonstrado toda a segurança da diretora... mas também não estragarei as surpresas. Guardemos para a crítica.

Hoje, enfim, é a noite de abertura oficial, com a sessão de 174. Estaremos lá, colados.
Amanhã diremos como tudo se passou!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

O retorno dos que não foram

Então, ontem a gente não foi às cabines. Primeiro, estamos cansados. Segundo, temos coisas pra caramba pra fazer até o início do Festival em si, na próxima quinta-feira. Por último, a seleção desse ano - pelo menos os filmes que estão passando nas cabines - está fraquíssima. 

Amanhã a coisa deve - por favor! - mudar. Tem Jia Zhang Ke, Lucrecia Martel, Lisandro Alonso (o novo queridinho latino) e o Última Parada 174, nosso escolhido ao Oscar (que ninguém viu ainda...).

Hoje vimos só dois: Noites de Tormenta (uma tormenta para o espectador, ô filminho ruim) e Sereia, divertido, criativo mas não é ainda algo que a gente possa chamar de "belo filme". O terceiro da noite seria Soi Cowboy, mas desistimos com meia-hora de projeção. Não estou com saco pra ver filme ruim mais.

Bom, vou ser curtinho porque tenho muita coisa pra preparar até quinta-feira, quando o filme do Bruno Barreto estréia e o festival começa realmente.

Inté.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Dia estranho de gente esquisita!

Putz, eu já tinha terminado o post quando o notebook deu pau e travou e perdi o texto. Holy shit! Vamos lá de novo... e em versão redux.

Hoje tivemos os filmes mais outsiders de até então. Desde irmã Dorothy, passando pelos bilaus do Derek Jarman e de um romeno, até terminarmos em casamento gay. 

O filme sobre a morte da freira na Amazônia, Mataram a Irmã Dorothy, a gente não foi ver. Não que a gente não quisesse (ok, a gente queria, mas não muuuuito), mas tínhamos textos para finalizar. Além do mais, Rio de Janeiro em pleno domingo chuvoso não anima  muito. Quem viu disse que é bacaninha e tal (nada me tira da cabeça que deve ser sensacionalista à beça), ainda que sem impacto para nós, brasileiros, que já conhecemos a história.

Chegamos para ver o segundo da noite, Derek, documentário sobre o famoso cineasta-pintor Derek Jarman, que é um dos homenageados desse ano com toda uma mostra. Jarman, falecido em meados da década de 90 em decorrência da AIDS, ganhou um bonito retrato por parte de sua musa, Tilda Swinton. Eu vou escrever uma resenha exclusiva pro filme depois.

Em seguida, assistimos a Boogie, comédia romântica (??) romena (??). A expectativa era grande e tal, até porque o cinema da Romênia hoje em dia está em primeiríssimo plano. E porque tinha a gracinha da Anamaria Marinca, de 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias. Mas que decepção! Difícil ver filminho mais machista e reacionário que este, que celebra o machón way of life romeno. Um blá blá blá interminável em planos mais intermináveis ainda. Para piorar, há uma cena em que o machón-romeno principal ainda lava o bilau na pia pra todo mundo ver. Sei não... A Geo vai escrever resenha.

O último da noite, De Repente, o Inverno Passado, por sua vez, foi uma delícia (aleluia! não aguentávamos mais filmes depressivos!). Um casal de jornalistas gays decide apresentar em um documentário (caseiro mesmo, filmado em digitais) toda a situação da união estável homossexual no país do Mussolini (ok, peguei pesado com os torcedores da azzurra). E eles entrevistam políticos, militantes de extrema-direita, o povão nas ruas, sempre de forma descontraída, além de apresentarem seus cotidianos de forma carinhosa e não-apelativa. Pena que poucos jornalistas ficaram para assistir ao filme (também, depois da verborragia interminável dos romenos...). 

Bom, vou dormir que amanhã é dia de acordar cedo... tem cabine de Rio Congelado logo pela manhã. Inté!

domingo, 21 de setembro de 2008

Segundo dia das cabines

É pessoal, a idade tá chegando... Segundo dia de cabines e já estou cansadão. Também, depois dos quatro filmes médios pra baixo de ontem, desanima qualquer um. Pra vocês terem uma idéia da rotina dessa época pré-festival (e olha que estamos falando de "pré"), as cabines têm começado às 16:30 e vão até meia-noite. Aterriso em casa por volta das 01:30. Faço algumas coisas no site, escrevo algo e durmo até 13: 30 (hora que acordei hoje). Escrevo algo e... lá vamos nós de novo. Para "piorar", amanhã começam as cabines pela parte da manhã... Rio Congelado vai passar às 10:30. Vida social out-cinema? Zero.

Antes dar dar uma rapidíssima pincelada sobre os filmes de ontem (rapidíssima mesmo, tenho que almoçar, banho e ir pras cabines de hoje), gostaria de dizer que hoje, extamente hoje, especificamente hoje, faz 1 ano que a Geo Euzébio está com a gente no site! Um ano de casa! Fico muito orgulhoso de tê-la chamado pra cobrir o Festival do ano passado comigo e dela ter se tornado uma editora muito querida pelos leitores. Não vou mandar beijos aqui pq posso dar pessoalmente! \o/

Bom, vamos ao filmes de ontem: Delta, filme europeu que escreverei após o almoço. Interessante, mas falho. Rocknrolla - A grande Roubada, novo filme do Guy Ritchie, começa malzão, cheio de narração em off e situações meio enroladas, mas ganha fôlego e ritmo lá pela metade, tornando-se uma agradável surpresa - eu não estava dando nada por ele. A Geo vai escrever sobre ele.

A primeira bomba veio com 14 Quilômetros, filme africano sobre imigração - três jovens cruzando a África para tentar chegar na Espanha ilegalmente - é estranho. Por vezes, parece que não tinham muita grana, aí aparecem várias e várias tomadas de grua em pleno deserto e a gente pensa: "comoooooo?". Enfim, o filme peca por diálogos pueris, pela total falta de domínio da linguagem cinematográfica etc. etc. etc. Mas pelo menos apresenta uma questão que a gente ignora totalmente. 

O último de ontem foi o inacreditável Casa Negra. Esse filme sul-coreano (que eu esperava bastante, por incrível que pareça!) é de dar vergonha alheia. Pelo menos está na mostra certa, a Midnight, para filmes bizarros. Ele começa como filme de psicopata comum, com o tapadinho do herói (um vendedor de seguros) tentando provar que um homem matou o próprio filho pra receber uma bolada. Mas olha, não se engane... a partir da metade vira um freak show na qual algumas pessoas não são o que parecem, e vira um jogo de gato e rato trash. Trashão mesmo!!! Os diálogos são as coisas mais inacreditáveis do mundo. Quando o rapaz pega um manual-de-como-são-os-psicopatas-para-crianças, é de dar dor no estômago de tanto rir. O filme foi aplaudidíssimo - deboche, claro! Mas tenho certeza que muitos vão levar o filme para o lado "sou trash mas sou intencional" e devem gostar. Enfim, recomendo (eu falei isso?) para ver como não se fazer um filme!


Bom, gente, vou lá! 


sábado, 20 de setembro de 2008

Fest. Rio: primeiros três filmes!

É pessoal, começou pra mim hoje o Festival do Rio desse ano. Quem acompanha o Cine Players sabe que é a época mais agitada e querida do ano! A Geo hoje não conseguiu ir, teve prova do mestrado. Mas amanhã ela começa na maratona também!

Bom, vocês devem ter percebido que agora a gente tem um Twitter também, que vai dar em tempo real tudo o que estiver rolando pelo Rio de Janeiro. Ainda estou me acostumando com o treco, mas acho que vai ser bacana.

Bom, quanto ao blog, vou dar uma pequena pincelada sobre os filmes que a gente for vendo. É humanamente impossível ver quatro, cinco filmes em um dia e discorrer sobre eles. Aí a gente faz uma pequena resenha por aqui daqueles que forem menos favorecidos! :)

O dia de hoje foi de três filmes razoáveis. O primeiro, O Visitante, foi o melhor. Coeso, bem ritmado, ótimos atores (cada vez mais adoro o trabalho da Hiam Abbass, e Richard Jenkins em um papel principal!) e que trata de um tema delicado - a imigração - de forma contundente. Bom, eu vou escrever uma resenha longa pra ele, então, fico por aqui.

O segundo foi CSNY Déjà Vu, um doc musical escrito e dirigido pelo ícone folk Neil Young. Olha, sinceramente não gostei muito. Primeiro, vou contar mais ou menos o que é o filme: Young reuniu-se com seus antigos parceiros para fazer uma turnê pelos Estados Unidos em um show altamente politizado, contra a Guerra do Iraque - da mesma forma como faziam na década de 70 em relação à Guerra do Vietnã, e por isso o "déjà vu" do nome. Entre canções irônicas e debochadas contra George W. Bush e muita panfletagem democrata chata, há momentos piegas, outros genuínos, e muita música boa. A melhor seqüência é quando eles cantam em Atlanta, na Geórgia, estado conservador sulista (se lembram das Olimpíadas?). Engraçadíssimo ver a reação das pessoas debandando do show e apontando seus dedos médios para a câmera após a canção mais pesada. Mas o filme se perde muito ao acompanhar histórias de veteranos ou de familiares de mortos na guerra. Parecia outro documentário. Enfim, não recomendo para os que não são fãs de música folk.

Por fim, Gomorra, um retrato bastante cru de uma região italiana - Camorra - dominada pelo narcotráfico e que serve de depósito para lixo tóxico. Acompanhando vários e vários personagens, o filme nos apresenta uma Itália que eu não sabia que existia. Pobre, devastada, decadente. São jovens conhecendo o submundo, pessoas lutando para sobreviver, e muito, mas muito sangue. Não é por nada que alguns garotos do filme têm como ídolo Tony Montana, personagem de Al Pacino em Scarface. É um filme difícil de se acompanhar, pois seus personagens são pelas ações, não há a preocupação de se criar um background - e várias das conexões têm que ser simplesmente supostas. Imagine um Cidade de Deus sem muita presepada, um filme oposto ao cosmética da fome. É mais ou menos o que Gomorra oferece - o filme ganhou o Grande Prêmio no Festival de Cannes desse ano. Mas por mais que seja simples e direto, tem seqüências memoráveis, como uma que um sujeito é o único sobrevivente de uma chacina e, ao sair daquele lugar, é acompanhado por uma câmera em plongée que vai revelando os corpos pelo chão. É um filme difícil, mas dotado de muitas qualidades, e que merece realmente ser conferido.

Bom, amanhã tem mais. Já adianto que o último de amanhã é um terror / suspense sul-coreano que está criando bastante expectativa. Inté!


sábado, 13 de setembro de 2008

Os cinemas de bairro e o Festival do Rio

Algumas estatísticas aterrorizam qualquer brasileiro apaixonado por cinema. Por exemplo, vocês sabiam que menos de 10% das cidades brasileiras possuem cinema hoje (não lembro dos números exatos, mas é algo em torno de 7%). É bizarro pensar que quem faz cinema hoje no Brasil (e eu pretendo ser um deles) não tem alcance algum. E olha que não estou nem adentrando em assuntos como distribuição e exibição, que são tão complexos quanto (a Ancine, a agência reguladora do nosso cinema, está tentando modificar isso, através de incentivos via isenção fiscal, da mesma forma como são feitos a maioria dos filmes hoje).

Essa introdução é apenas para apresentar um grave problema que a cidade do Rio de Janeiro vem enfrentando - e creio que todo os 7% também - o fechamento de cinemas de rua. Hoje, cinema é sinônimo de multiplex, várias salas pequenas reunidas em um shopping passando  o que for de mais pipoca do lixo estadunidense. 

O Rio recentemente perdeu um dos seus cinemas mais charmosos, o Paissandu, no Flamengo, famoso por ter formado nos anos 60 a "geração paissandu", de jovens e intelectuais de esquerda que iam para lá assistir aos filmes de Godard, Truffaut, Antonioni e Malle - não por acaso, a sessão de encerramento do cinema foi Trinta Anos Esta Noite. Há uma confusão entre o Grupo Estação (que controlava o cinema e também responsável pelo Festival do Rio) e o proprietário do imóvel, um disse-me-disse na imprensa e ninguém sabe o que vai acontecer. Mas o Paissandu já está fechado. Fico triste porque frequentei muito pouco este cinema, até porque ficava fora de mão. A última vez que fui por aquelas bandas foi para uma sessão dupla, no próprio Festival do Rio há alguns anos, no qual assisti a Crash - No Limite (e que acabou dando origem àquela crítica minha que está no site, que por acaso é um dos melhores textos que já fiz). 




E quando nós, cinéfilos, já estávamos nos recuperando da notícia desse lamentável episódio, eis que surge outra bomba: o Cine Palácio também está para fechar.  Desta vez, o hotel que está ao lado do imóvel o comprou para fazer do espaço um centro de convenções. O lindo Palácio, inaugurado lá nos anos 20, está para fechar. O Prefeito César Maia (acorda, prefeito!) fez um tombamento provisório do imóvel, mas é até previsível o desfecho desse episódio. Eu, assim como muitos, terão nesse Festival do Rio que começará daqui a 2 semanas, a última oportunidade de freqüentar esse que é um templo do cinema nacional. Será a chance, quem sabe, de fazermos algum protesto ou algo que o valha, já que a comunidade cinéfila estará reunida.

Agora é rezar para que os deuses do cinema preservem o Odeon. Amém.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Esquentando os Tamborins

Oi, vem sempre aqui? Ok, deixamos esse espaço completamente abandonado nos últimos meses - e nem vou me justificar, pois não há uma justificativa. Mas como o Festival do Rio vem aí, precisaremos do nosso estimado blog para falarmos de tudo o que rolar off festival. Lá no site, as notícias, críticas e o que mais for de sério. Aqui, as fofocas, as tietagens e coisas fúteis afins.

Eu e a Geozebio vamos ficar antenados durante todos os dias de festival, tentando cobrir tudo o que for de mais importante que acontecer pela Riviera Carioca. O Kon Heoli ia nos ajudar, mas teve de cancelar de última hora.

E começando bem nossa cobertura off por aqui, uma notícia em primeiríssima mão (yes!): a Sony acabou de divulgar seus filmes no festival. Vai ter O Casamento de Rachel (sim, sim, Rachel Getting Married, agora com título nacional),  Procedimento Operacional Padrão (Leão de Prata no Festival de Berlim desse ano), Adoração, Segurando as Pontas, Um Lugar Chamado Brick Lane, Quando Você Viu Seu Pai Pela Última Vez e Rio Congelado.

Como o CP está super antenado, todos estes já têm ficha no site. É só ir lá conferir ;)

Meu Nome Não é Rachel